25 de setembro de 2024

Lab de Comunicação para Diversidade destaca papel do tema na estratégia das organizações

Cases da Novo Nordisk e da Suzano destacam desafios e soluções para promover temas no ambiente corporativo

Na última segunda-feira, 23, o evento “Lab de Comunicação para a Diversidade: Diversidade e Inclusão como Pilar da Estratégia Corporativa”, com patrocínio da Novo Nordisk, reuniu profissionais de diversas empresas em um encontro online, transmitido no canal de Youtube da Aberje. O evento abordou a integração da Diversidade e Inclusão (D&I) nas estratégias corporativas e discutiu a importância do apoio da alta liderança, com cases de empresas que já implementaram essas práticas. O encontro foi mediado por Angelica Souza, gerente sênior de Diversidade, Equidade e Inclusão, Cultura e Marca Empregadora na PepsiCo Brasil, e contou com a participação de Agnes Gomes, HRBP e D&I na Novo Nordisk Brasil; Lívia Duarte Teixeira Lunardi, gerente sênior de Treinamento e líder de Diversidade e Inclusão na Novo Nordisk Brasil; e Milena Buosi, gerente sênior de Diversidade, Equidade e Inclusão na Suzano.

Na abertura, Douglas Cantu, gerente de Eventos da Aberje, destacou a relevância do tema para a instituição e o papel central da diversidade nas estratégias empresariais. Ele reforçou que as ações de D&I devem ser integradas à cultura organizacional, e não tratadas como iniciativas isoladas. 

“Nós não só trazemos as pessoas, mas nos comprometemos com o desenvolvimento delas. Somos uma empregadora afirmativa desde 2019, quando D&I se tornou uma pauta oficial na organização”, explicou Lívia Lunardi, gerente sênior de Treinamento e líder de Diversidade e Inclusão na Novo Nordisk Brasil. Ela apresentou o compromisso da empresa com a inclusão, enfatizando o foco em vagas afirmativas e no desenvolvimento de talentos, afirmou Lívia, explicando como a Novo Nordisk integrou D&I à sua estratégia de cultura a partir de 2023. Em 2024, a companhia priorizou a contratação de profissionais pretos e pardos, com apoio de consultorias especializadas.

Construção da cultura inclusiva

“Grupos de afinidade são o primeiro passo para atuar em diversidade. Na Suzano, começamos esse movimento em 2016”, afirmou Milena Buosi, gerente sênior de Diversidade, Equidade e Inclusão na Suzano, destacando que esses grupos são fundamentais para integrar a diversidade à cultura empresarial. Ela salientou ainda que a diversidade não deve ser uma responsabilidade só do RH, mas de toda a organização.

“Os grupos são o elo entre a estratégia e as pessoas da organização. Utilizamos metodologias ágeis, como o Scrum, para priorizar e organizar as ações”, completou Lívia Lunardi. Segundo ela, os grupos de afinidade na Novo Nordisk são parceiros essenciais na jornada de inclusão.

“As iniciativas de D&I precisam ser baseadas no diálogo e no desenvolvimento de talentos”, disse Agnes Gomes, HRBP e especialista em D&I na Novo Nordisk, destacando a necessidade de intencionalidade nas iniciativas de diversidade e a importância de envolver todos os níveis hierárquicos. “É essencial criar uma cultura que valorize a diversidade em todas as áreas e momentos de carreira”, explicou.

Inclusão interseccional

Gomes explicou que a Novo Nordisk está adotando uma abordagem interseccional em suas ações, considerando diversos públicos, para como ampliar as conversas de inclusão para além dos grupos de aliados. Ela reforçou a importância de formar influenciadores internos que possam promover diálogos sobre D&I com quem ainda não está engajado no tema.

Buosi, da Suzano, apontou que as empresas precisam adaptar suas estratégias de D&I à maturidade de suas lideranças e contextos específicos. “Não existe um formato ideal. O importante é começar com um tema relevante e ir evoluindo conforme as necessidades da empresa”, afirmou. Ela também destacou a importância de incluir populações 50+, refugiados e imigrantes, mencionando a experiência da Suzano com a inclusão de refugiados venezuelanos no Mato Grosso do Sul.

O papel da liderança

Engajar a alta liderança nas pautas de D&I foi um dos grandes desafios mencionados pelos palestrantes. “Cada liderança tem sua própria jornada em relação à diversidade, muitas vezes impulsionada por motivações pessoais”, explicou Buosi. Lunardi complementou, afirmando que é essencial definir claramente as expectativas para os líderes, enquanto Gomes ressaltou que as lideranças devem estar cientes do impacto positivo que a diversidade pode trazer para os negócios.

A mediadora Angelica Souza destacou que, na PepsiCo, o treinamento constante das lideranças e colaboradores é essencial para garantir o avanço da agenda de D&I. Ela encerrou o evento com uma reflexão sobre o papel fundamental dos grupos de diversidade: “Eles são o coração e os ouvidos da estratégia de diversidade dentro da organização. Nada está escrito em pedra, precisamos sempre repensar e evoluir”.

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