Do Monitoramento à Análise: Pesquisa para o Planejamento das Organizações
A proximidade do final do ano costuma caracterizar-se pelo esforço dedicado à elaboração do Planejamento, desta vez, 2017.
Uma espécie de carta náutica de como a organização deverá navegar no próximo ano, levando em conta a situação dos mercados -ventos e marés para permanecermos na analogia, enfrentando as frotas de concorrentes que partilharão o mesmo mar.
É hora de se perguntar: mas o que aconteceu com o planejamento de 2016? Rebaixado à letra minúscula e sem o atributo do ano indicativo, aquele instrumento que deveria ter guiado o ano em curso está relegado à pasta de documentos anteriores.
Fruto de um esforço tão nobre quanto o que será empreendido para 2017, o planejamento do ano anterior só perderá sua validade quando as estratégias e ações ali descritas puderem ser analisadas sob as seguintes óticas:
- O que estava previsto e não foi realizado? Por quê?
- Fizemos monitoramento com análise?
- O que não estava previsto e foi realizado? Quais foram os resultados obtidos?
- Quais os indicadores que permitem avaliar os resultados obtidos e aqueles que não foram obtidos?
A resposta a essas quatro questões – verdadeiras chaves para que se decifrar o panorama do próximo ano e elaborar o Planejamento 2017 a partir de bases sólidas – revelarão, em muitos casos, dificuldades advindas da inadequação dos instrumentos adotados ao longo do ano.
A frase: “só se administra aquilo que se mede” é quase de domínio público. Do ponto de vista da pesquisa, no entanto, só se mede aquilo que se planeja.
Todas as outras avaliações são válidas obviamente. Porém constituem a base zero que permitirá na efetiva medição nas consultas posteriores. Medição (ou mensuração, segundo a moda da época) implica parâmetros de comparação, logo, avaliações anteriores. A velocidade e alcance de nossas embarcações deve ser confrontada à do(s) ano(s) anteriores e o resultado desdobrado em indicadores que permitirão media a eficiência (processo) e a eficácia (resultado) das ações empreendidas.
Monitorar permite corrigir rumos durante o processo de comunicação ou de marketing.
A tecnologia vem contribuindo decisivamente para apresentações de massas de dados, o chamado big data – sejam elas de mercado ou de opinião, caso das Análises a partir da Exposição da Imagem na Mídia – em gráficos de fácil leitura. Mas a facilidade da produção de gráficos e o cuidado estético têm sido acompanhados muitas vezes de uma simples descrição. É comum ver enunciados que descrevem a posição de um determinado tema em relação ao mês anterior, sem que se expliquem as razões. Ou seja, falta análise!
Analisar significa ir além do que mostram os dados, inserindo-os no contexto das instituições e organizações, incorporando os aspectos organizacionais, mas também sociopolíticos. Significa identificar aqueles elementos que permitirão construir a sua bússola para 2017 e, assim, navegar em mares tranquilos.
COMENTÁRIOS:
Destaques
- Em parceria com Pacto Global da ONU, Aberje realiza workshop Missão COP30 para comunicadores
- Conselhos Deliberativo, Consultivo e Fiscal da Aberje se reúnem em São Paulo
- Quarta reunião do Comitê Aberje de Mensuração reforça papel da liderança na estratégia de dados
- Quarta reunião do Comitê Aberje de Comunicação e Engajamento ESG explora desafios e oportunidades da Comunicação Interna
- Mestrado Profissional em Comunicação e Cultura de Dados, parceria entre Aberje, FGV e Fundação Itaú, divulga lista de aprovados
ARTIGOS E COLUNAS
Carlos Parente Pecar em segredo: reflexões sobre crises e redes sociaisMalu Weber Tempero brasileiro em churrasco alemãoLeila Gasparindo Radar Employer Branding: a marca empregadora sob a ótica da comunicação integradaCarina Almeida Paris 2024: Um novo pódio para a diversidadeElizeo Karkoski A comunicação interna para uma cultura alinhada à estratégia organizacional