Comunicadores se reúnem no Rio de Janeiro para encontro sobre reputação e patrocínio em cultura, esporte e entretenimento
Comunicadores de empresas renomadas que lidam com projetos de incentivos estiveram reunidos na capital carioca no dia 28 de setembro para o Encontro Aberje Rio de Janeiro. O debate sobre “Reputação: como o patrocínio em cultura, esporte e entretenimento pode ser uma plataforma de comunicação para as empresas” contou com a participação de Danielle Barros, secretária de Cultura do Estado do Rio de Janeiro; Katielle Haffner, gerente Sênior de Relações Corporativas e ESG da Coca-Cola Brasil; Rafael Oliveira, gerente de Comunicação e Marketing da Unimed-Rio; Janaina Vilella, diretora de Comunicação da Enel Brasil; e Dario Menezes, diretor executivo da Caliber, que mediou o encontro.
Na ocasião, Danielle Barros comentou sobre a participação da iniciativa privada que fomenta a cultura em parceria com o poder público. “O Brasil avançou muito especialmente na cultura e no esporte quanto às possibilidades de parcerias que permitem ao governo renunciar o imposto que poderia receber para, entre outras coisas, financiar a cultura”, salientou, acrescentando que o estado do Rio de Janeiro tem uma política similar à Lei Rouanet. “Temos um facilitador, que é a empresa poder contribuir com 100% do valor do projeto, além de mais 20% que a empresa deposita em um fundo de cultura. Isso tudo possibilita muitos empregos no campo cultural”, complementou.
Ao abrir a roda de conversa, Dario Menezes ressaltou que as organizações como um todo cada vez mais estão sendo demandadas a terem indicadores que provam resultados e oportunidades a partir de uma ação. “Na Comunicação existe uma dificuldade natural por ter uma gama muito grande de stakeholders e na realidade não está gerando uma ação imediata, e sim modificando percepções que dependem de tempo para se transformarem em atitudes, mas isso não nos paralisa, precisamos ir além, transformar o que parece intangível em algo estratégico, tangível e mensurável”, analisou.
A Unimed-Rio desenvolveu um movimento chamado ‘Mude1Hábito’, que visa promover o bem-estar da população ao estimular práticas mais saudáveis, seja na alimentação, na realização de exercícios físicos, ou na busca pelo equilíbrio emocional, que ocorre em vários pontos da cidade. “A gente quis fazer um projeto que modificasse a vida das pessoas e que tivesse consistência. Se você faz uma vez, está cumprindo uma parte do seu papel, mas pensando em marca, em reputação e em outros fatores estratégicos, é preciso ter perenidade, porque as pessoas começam a perceber sentido e coerência no que a marca faz”, destacou Rafael Oliveira, comentando que o projeto já está em sua sexta temporada.
Aproximadamente 56 mil pessoas estão empregadas diretamente no sistema Coca-Cola, formado por sete empresas para atender cerca de um milhão de pontos de venda por dia, sem contar os 600 mil pequenos varejistas por dia. Katielle Haffner, que trabalha na multinacional, ressaltou que diante de uma grandiosidade dessa existe a beleza de que tudo o que é feito gera muito impacto mas que também existem os erros. “Como especialistas de ESG, entendemos que temos que fazer essa transformação via valor compartilhado, em nossa cadeia de valor onde as marcas atuam”, disse, frisando que a Coca-Cola já patrocina diversos eventos pelo mundo. “Tudo o que a gente faz tem um impacto ambiental e social. A provocação que temos colocado para os executivos é: cada decisão de negócio feita hoje conta a longo prazo pensando nas pessoas”, acentuou.
A Enel Distribuição Rio, presente em 66 municípios de um total de 92 no estado do Rio de Janeiro, atua em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura, a fim de levar a cultura e o esporte para vários municípios, desprovidos desses incentivos. Para Janaina Vilella, é muito transformador ver diversos projetos agregarem valor na vida de tantas pessoas, como a primeira exposição itinerante do MAR – Museu de Arte do Rio, ou a revitalização de espaços públicos e salas de cinema em várias cidades fluminenses. “Nossos projetos são muito importantes pois precisamos nos aproximar dos nossos clientes; somos muito mais do que um interruptor de energia”, arremata a comunicadora. “Só no ano passado, 311 patrocínios impactaram a vida de 39 milhões de pessoas”, revelou.
Assista à live na íntegra:
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