07 de março de 2023
BLOG Agenda 2030: Comunicação e Engajamento

Uma breve reflexão sobre energia acessível

 

Em 2015 a ONU definiu 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com 169 metas universais, que representam um plano de ação global para eliminar a pobreza extrema e a fome, oferecer educação de qualidade ao longo da vida para todos, proteger o planeta e promover sociedades pacíficas e inclusivas até 2030. O Brasil até 2030 deverá atingir as metas relacionadas ao ODS 7 – ENERGIA ACESSÍVEL E LIMPA (Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos).

Isso será possível principalmente devido a Matriz Elétrica Brasileira, onde podemos destacar a hídrica (que sempre foi a nossa principal fonte de energia) e a solar/eólica (com crescimento significativo nos últimos anos, chegando em 2022 a representar mais de 15%, quinze por cento, da nossa Matriz, somando as duas fontes), diminuindo consideravelmente a dependência sobre os recursos hídricos (de acordo com informações retiradas do site da ANEEL).

No Brasil mais de 80% (oitenta por cento) da energia elétrica usada é renovável (de acordo com informações retiradas do site da ANEEL), sendo que aproximadamente 60% (sessenta por cento) é proveniente das hidrelétricas. No restante do mundo menos de 30% (trinta por cento) é renovável (de acordo com informações retiradas do site da Radioagência Nacional).

Fontes Renováveis: Hídrica, Biomassa, Solar e Eólica / Fontes Não Renováveis: Petróleo e outros, Gás natural, Carvão mineral e Nuclear.

Apesar da fonte hídrica continuar sendo a nossa principal Matriz, o Brasil está diminuindo ano a ano esta dependência, evitando assim novos apagões, como ocorreu entre 2001 e 2002, sendo que à época quase 90% (noventa por cento) da Matriz era de origem hídrica. Em 2022 quase tivemos um novo apagão, devido à escassez de chuvas, que diminuem os níveis dos reservatórios das hidrelétricas e consequentemente a geração de energia para atendimento da demanda da população.

Para que não ocorram novos apagões a melhor saída é aumentar os investimentos em fontes renováveis, que são considerados energias limpas, sendo o Brasil, como já mencionado anteriormente, destaque no mundo justamente devido a sua Matriz Elétrica. Destaca-se também as campanhas de redução de energia (consumo consciente) das próprias concessionárias de energia do país.

Na outra ponta, temos os consumidores que cada vez mais estão adquirindo equipamentos que consomem menos energia, ou seja, são cada vez mais eficientes.

Em 1985 foi criado o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL), fomentando a fabricação de equipamentos mais eficientes, classificando os equipamentos em seus níveis de consumo, em mais eficientes e menos eficientes, disponibilizando ao consumidor a oportunidade de obter equipamentos de melhor eficiência energética, mesmo tendo um custo maior no ato da compra, ele obterá ao longo dos anos uma economia na conta de energia, compensando e muito a compra do equipamento classificado como mais eficiente.

Em 2001 com a publicação da Lei de Eficiência Energética (Lei Nº 10.295), deu-se início ao desenvolvimento dos programas de eficiência energética de diversos equipamentos.

Entre estes equipamentos, podemos destacar os transformadores de distribuição (até 300kVA), que estão cada vez mais eficientes, pois desde janeiro de 2014, todos esses transformadores devem possuir, compulsoriamente, a etiqueta do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE/Inmetro), com base na Portaria Interministerial MME/MCT/MDIC nº 104/2013 e na Portaria Inmetro nº 378/2010. Esta medida visa garantir os níveis de eficiência dos equipamentos, estabelecidos por meio de ensaios em laboratórios independentes acreditados pelo INMETRO na NBR ISO/IEC 17025.

Nos últimos anos o PBE obteve um avanço relevante, sendo que a partir de janeiro de 2023 todos os transformadores de distribuição fabricados no Brasil devem ter o nível de eficiência C. Lembrando que o PBE iniciou com o nível de eficiência E.

Esta alteração da eficiência dos transformadores de distribuição contribui diretamente para eficiência energética no Brasil.

A Indústria de Transformadores Itaipu Ltda foi uma das pioneiras na participação do Programa de Etiquetagem, entre 2007 e 2009. Sendo que o PBE começou como etiquetagem voluntária, passando a ser compulsória somente em 2014, com a publicação da Portaria Interministerial MME/MCT/MDIC nº 104/2013, e em 2017 o Programa de Metas foi definido na Portaria MME Nº 398 de 10 de Outubro de 2017. Além disso, a Indústria de Transformadores Itaipu Ltda tem comprado somente energia limpa, inclusive com certificação internacional, garantindo a rastreabilidade da fonte e zerando emissões de CO2 atreladas ao consumo de energia, em total alinhamento ao ODS 7.

Como as metas relacionadas para cada um dos 17 ODS dependem de ações conjuntas do governo, organizações diversas e a sociedade, a Indústria de Transformadores Itaipu Ltda tem orgulho de estar fazendo a sua parte.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Malberto Bertini Franco

Gerente da Qualidade e Meio Ambiente na Indústria de Transformadores Itaipu há mais de 27 anos. Advogado e Técnico em Eletrotécnica.

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