31 de janeiro de 2023
BLOG Sinapse

Liderança autêntica e acessível nunca esteve tão valorizada quanto atualmente

 

Já é de conhecimento público a importância de líderes conectados com seus times e mercado. Entretanto, a pesquisa anual Connected Leadership de 2022, produzida integralmente pela consultoria global de comunicação Brunswick Group, aponta detalhadamente o que os colaboradores e o mercado esperam de líderes corporativos.

Ter uma liderança conectada, autêntica, acessível e ativa se tornou estratégico após o avanço da digitalização nas empresas provocada pela pandemia. Essa é a principal conclusão da pesquisa, que foi realizada com 3,6 mil colaboradores e 2,8 mil leitores de veículos de finanças e economia da Alemanha, Hong Kong, Arábia Saudita, Cingapura, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos. A pesquisa, que é realizada pela Brunswick desde 2019, também recebeu contribuições de mais de 16 Líderes Conectados de destaque em grandes empresas ao redor do mundo.

A Connected Leadership demonstra que, para 85% dos entrevistados, os CEOS devem ter perfis on-line. Além disso, 73% dos colaboradores de empresas com mais de mil funcionários esperam que um CEO se comunique nas mídias sociais, onde a velocidade e a transparência são entendidas como essenciais, especialmente em situações de crise. Da mesma forma, esta também é a expectativa de 86% dos leitores de veículos financeiros entrevistados. Outro importante aprendizado do mapeamento aponta que ser um Líder Conectado não é apenas uma expectativa do mercado, mas um imperativo para os bons resultados dos negócios, recrutamento e o efetivo desenvolvimento de equipes. Afinal, ter uma liderança conectada é fundamental para o engajamento dos colaboradores.

Para se ter uma ideia, um em cada quatro funcionários prefere trabalhar para executivos conectados, e isso também se reflete nas expectativas para futuros empregos. 82% de candidatos potenciais a novos colaboradores buscam as primeiras impressões sobre a companhia almejada pesquisando a atuação digital de seus CEOs, principalmente no site oficial das empresas, seguido pelo Linkedin dos líderes.

A competição por talentos anda também mais acirrada do que nunca. Em um cenário de muita concorrência para recrutar, engajar e reter os melhores profissionais, os líderes conectados têm vantagem. Entre os colaboradores entrevistados, nove entre dez citaram que após os itens Remuneração e Benefícios, uma comunicação direta e transparente da liderança é um dos principais fatores para a permanência em longo prazo em determinada empresa.

Se a intenção, entre outras, é atrair e reter os melhores, novos e emergentes talentos, ser uma liderança autêntica e acessível nunca foi tão importante. E ser conectado é muito mais do que ser ativo on-line. É fundamental acertar o tom, se posicionar, dar opiniões consistentes e embasadas, além de falar sobre temas sensíveis.

Existem benefícios reais e tangíveis para os líderes com presença online, uma vez que alcançam as pessoas onde elas estão, como aponta a pesquisa. Isso permite ainda que os executivos se comuniquem de forma direta e rápida, controlem a narrativa e influenciem positivamente a reputação da empresa. Para isso, os principais líderes conectados levam seus projetos a sério e de maneira estratégica, investindo em equipes, conteúdos e análises. Isso porque a liderança conectada eficaz requer estratégia e recursos.

Uma liderança conectada ativa é um avanço competitivo: executivos conectados conseguem amplificar as mensagens mais importantes da companhia para seus stakeholders. E uma liderança conectada autêntica cria confiança. Os executivos que estabeleceram conexões de confiança nas plataformas digitais estão mais bem preparados para tranquilizar steakholders em momentos críticos. “O mais importante é que isso acaba criando um ‘colchão reputacional’ que ajuda as empresas quando estiverem em meio a situações de crise”, segundo o sócio da Brunswick em Washington, Craig Mullaney, responsável pelo trabalho Connected Leadership.

Dessa forma, é preciso que os altos executivos não só entendam a importância da comunicação online, como também sejam capazes de criar plataformas autênticas e confiáveis, que contribuam com os objetivos do negócio. “Bem feito, isso provocará resultados tangíveis e intangíveis à organização”, complementa Mullaney. Entre esses resultados estão desde a promoção de relações com investidores até a atração de novos talentos.

Embora qualquer executivo possa estar presente nas redes sociais, nunca foi tão importante tratar essa questão com seriedade. Estratégias eficazes devem fazer parte de todas as análises, apoiadas por recursos específicos e focadas nos objetivos de negócios, para assim atingir todo o potencial de ter ou ser uma Liderança Conectada.

Acesse a pesquisa Connected Leadership na íntegra.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Deborah Castro

Deborah Castro se juntou à Brunswick em maio de 2022 e é jornalista de formação, com experiência em hard news e em renomadas agências de comunicação. Ao longo de sua carreira foi responsável pela estratégia de reputação e posicionamento para grandes marcas, liderando equipes em agências e diversas contas, tais como: Grupo Pátria, EVEN, Carvalho Hosken, HSI, Itaipu Binacional, Grupo Pão de Açúcar, TCL, Alcatel, Mary Kay, L'Oreal, Sephora, Rock In Rio , British Airways, Iberia, Pestana Hotels and Resorts, Whirpool, Embraer, Volkswagen, Reckitt Benckiser e Gripen Airplane para a Força Aérea Brasileira. Em sua última função, liderou a equipe de Financial, Tech e Employer Branding, sendo responsável por contas como LinkedIn, Randstad, Cisco, Equinix, Aruba – HP Company, AON Latam, FICO e Amazon Webservices. Estudou Hotelaria e Turismo e trabalhou por quatro anos no Intercontinental Hotels Group onde foi gerente de Guest Relations e Business Center, reportando-se a Miami. Atualmente, está cursando MBA Negocios Digitais USP/ Esalq.

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