Lab de Comunicação para Mobilidade: o papel da eletrificação na mobilidade sustentável
O Lab de Comunicação para Mobilidade O papel da eletrificação na mobilidade sustentável, reuniu comunicadores na sede da Aberje no dia 27 de outubro. O evento, que teve patrocínio da GM e apoio do Grupo CCR, contou com a participação de Nelson Silveira, diretor de Estratégia de Comunicação da General Motors América do Sul; Silvia Barcik, especialista em Mobilidade Sustentável; James Scavone, sócio-fundador da Davinci; Rodrigo Fioco, diretor de Marketing de Produto da Chevrolet. Para mediar o debate, foi convidado Tião Oliveira, editor do Jornal do Carro do “O Estado de S. Paulo”.
Ao abrir o Lab, Nelson Silveira ressaltou a urgência na descarbonização do planeta e frisou que a eletromobilidade tem um papel muito importante nisso. “É um consenso que a solução para a mobilidade urbana é multimodal, temos que aproveitar todos os modais para que a mobilidade urbana seja mais fluida. Além disso, temos que entender que todos os modais precisam ser zero emissão para contribuir com a redução dos impactos do aquecimento global”, disse.
Na ocasião, Rodrigo Fioco compartilhou um pouco da jornada de eletrificação do automóvel no Brasil. “Para chegarmos num mundo ideal de zero colisão, zero emissões e zero congestionamento – visão corporativa da GM – estamos desenvolvendo tecnologias para que os veículos sejam elétricos, conectados e autônomos. Tudo pautado por segurança e conveniência”.
O executivo ressaltou que apenas os veículos movidos com motor e bateria elétricos podem ser considerados carros 100% elétricos e zero emissão de gases. “Há vários catalisadores para isso acontecer. Um deles é a política pública; as grandes economias do mundo já estão convergindo para a eletrificação, pois têm políticas claras de controle de gases de efeito estufa. O cliente é a outra ponta, não basta o governo legislar, a demanda tem que acompanhar”, acentuou.
Talvez a maior dúvida que o consumidor tenha com relação aos carros elétricos é como lidar com a recarga. Fioco explicou que a maioria das pessoas carrega uma vez por semana um carro elétrico. “Quem já superou essa ansiedade de achar que vai ficar sem bateria, percebe que no dia a dia, do ponto de vista de carga, é muito mais conveniente do que um carro à combustão”.
Quanto à infraestrutura de eletropostos no Brasil, Silvia Barcik salientou que atualmente a maior parte das recargas é feita nas casas dos condutores de carros elétricos. Em sua visão, existe sim uma ansiedade em relação aos pontos de recarga e ressaltou que é preciso calcular a autonomia do veículo e analisar a quilometragem a ser usada. “Os governos e as empresas precisam se mexer. Há muitos pontos de recargas em locais privados, mas nem sempre estão abertos, como os de um shopping”, disse.
“A comunicação de tudo isso tem que passar pela educação primeiro e esse é um grande papel dos comunicadores para disseminar o conhecimento desse futuro. É preciso falar do assunto e comunicar às pessoas como o veículo elétrico funciona”, comentou Silvia. “É uma mudança de paradigma, é uma mudança no modo de utilizar um carro. Depois que você dirige um carro elétrico vê que não dá pra voltar para um carro a combustão”, complementou Tião Oliveira.
Além da eletrificação, a micromobilidade para as cidades é fundamental para que haja menos poluição e trânsito fluindo, entre outras vantagens. O patinete é um exemplo de instrumento de mobilidade sustentável. Para James Scavone, o uso de um patinete ou de uma bicicleta, por exemplo, é uma questão de hábito. “As cidades brasileiras foram construídas para o carro, então temos um pensamento urbano muito ligado ao carro, mas ultimamente temos repensado isso para que o transporte seja integrado no dia a dia das pessoas”, disse.
“Temos espaço para quem quiser caminhar, desde que haja uma calçada de qualidade, iluminação pública e segurança, quem quiser andar de bicicleta, que tenha uma ciclovia protegida e quem quiser andar de carro elétrico, que tenha um lugar para recarregar. Então a infraestrutura é fundamental. A gente precisa pressionar os órgãos públicos para essas melhorias e também criar hábito de se locomover de uma forma diferente”, completou Scavone, acrescentando que é possível integrar trechos andando, outros com patinete, metrô etc.
Assista ao Lab na íntegra:
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