03 de maio de 2016

Pra quê usar cartões de visita na era digital?

Você tem cartões de visita? Não? Está na hora de repensar seus conceitos inovadores. Ok. Você deve estar dizendo: “mas o mundo agora é virtual e eu sou sustentável, não gosto de papel“. Ou ainda: “eu  me perco em papel, prefiro salvar os contatos direto no meu celular”.

Suas ponderações não estão erradas. Mas cabe aqui uma reflexão sobre o novo mundo em que vivemos. Estamos na era digital onde o virtual colabora imensamente para que possamos nos conectar. Mas para as conexões terem validade e perpetuarem-se, é necessário saber o limiar entre o real e o virtual. O mundo virtual nos ajuda a conectar sim, mas ele não pode ser mais importante que o mundo real, o off-line, aquele de carne e osso. Ou seja: nem tanto ao céu nem tanto a terra. E esse é o exato ponto de que tratamos aqui: a essência de relacionar está em tangibilizar os encontros, marcar, reverberar conexões. Tudo a ver com comunicação assertiva e palpável.

No exemplo do cartão de visita, estamos falando em ritualizar encontros e da essência do relacionamento. E os rituais na nossa vida servem para perpetuar e marcar momentos. Encontrou alguém? Deixe sua marca de forma tangível. Entregue seu cartão que, mais do que um papel com seu nome e telefone (porque isso podemos escrever até num guardanapo, não é?), é um objeto que revela sua identidade em cores, forma, textura e cheiro. Um cartão pode revelar muito sobre a pessoa que você encontra e a empresa que ela representa; além de ser, é claro, um jeito de reverberar uma marca.

Numa recente matéria, o The Economist mostrou porque o cartão de visita  tem prosperado na era eletrônica. O artigo chama a atenção para as formas dos cartões e os profissionais que o usam. Encabeçando o time, o top executivo da mídia digital e do mundo da inovação, Mark Zuckerberg, fundador do Facebook. Sim! Ele usa cartões de visita tradicionais.

Em um trecho, o artigo do The Economist resume: “O mundo dos negócios está obcecado com a noção de inovação, mas algumas coisas não precisam ser inovadas e a troca de cartões de visita ainda parece ser uma excelente maneira de iniciar um relacionamento duradouro. A troca ritual de retângulos de papel pode ser antiga, mas ainda muito utilizada”.

O autor ainda adjetiva o cartão de visita como um instrumento que contribui para a construção de laços sociais. Leia o artigo original aqui e o artigo traduzido pela Printi aqui.

Vamos trocar cartões?

 

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