03 de dezembro de 2014

Pop ups para aparecer e desaparecer…

Em meu artigo anterior mencionei sobre uma das facetas do marketing, que cria e recria nomenclaturas e práticas e, às vezes, exagera nesse sentido, com um cardápio extenso de termos “inovadores”. Bom, deixemos isso de lado e nos concentremos em outro tema: o pop up business. Nesse artigo trago, portanto, alguns exemplos inspiradores para refletirmos.

Você sabe o que é pop up, certo? Para os profissionais de marketing (digital) é uma estratégia para atrair consumidores para um produto ou serviço no ambiente virtual. Para a Wikipédia é uma janela que aparece na tela do computador, ao navegar em uma página web, que funciona como uma informação extra ou propaganda. Alguns de meus alunos o definem como “Ah! Aquela janela enjoada que aparece de vez em quando ao acessarmos um site!”.

Na verdade, não há uma tradução literal do termo pop up para a língua portuguesa. Relaciona-se com algo que surge, emerge, aparece. Conceito, portanto, muito bem empregado para os pop up business/stores, que são negócios/lojas temporárias.

Permitam-me dizer que pop up store é “primo” do stand, do negócio itinerante e dos badalados food trucks. Assemelha-se a essas formas de empreendimento e divulgação de produtos, serviços e marcas por ter um aspecto flexível na sua concepção. Geralmente é um projeto de curta duração, em determinado espaço, com período de funcionamento pré-estabelecido. Ele “aparece e desaparece”, como um pop up virtual, mas não tão rápido como ele (ainda bem!).

O negócio pop up é uma possibilidade alternativa de empreender, com menor risco, e uma estratégia de marketing que permite: evidenciar a marca, criar uma loja conceito, interagir com diversos públicos institucionalmente e/ou comercialmente, apresentar produtos e serviços de forma diferenciada e explorar recursos sensoriais.

Vejamos algumas dessas iniciativas:

  •  O restaurante The Cube, da Electrolux, é um projeto arquitetônico arrojado, feito com materiais recicláveis e é desmontado como um quebra-cabeça. Ele é instalado em diversos lugares do mundo, em torno de um mês, onde clientes saboreiam a gastronomia de renomados chefs internacionais e conhecem os produtos da Electrolux, de forma sutil, ao presenciarem o preparo dos pratos, como o The Cube de Londres.
  • Na Pop Up Britain um grupo de pequenas empresárias de lojas on-line compartilhou, por apenas duas semanas, em uma loja comercial no charmoso bairro de Richmond, a exposição de suas marcas e comercialização de produtos.
  • Durante o Festival de Design de Londres, a Heineken instalou o seu Pop Up City Lounge, concebido por vinte designers do mundo, para aqueles que curtem a bebida e um momento descolado.
  • O McDonald’s criou uma loja em forma de lancheira gigante em Melbourne, na Austrália, para divulgar seus novos sabores de wraps. O local funcionou como uma loja temporária e criou uma espécie de novo ponto turístico na cidade.
  • No Brasil, a Casa de Criadores Loja Pop Up, uma loja temporária instalada por seis meses no bairro Jardins, em São Paulo, criou um espaço para exposições de arte e apresentações musicais.

Esses exemplos demonstram que o pop up business pode proporcionar experiências diferenciadas tanto para o empresário quanto para o consumidor. Marcas e produtos disseminados de formas originais, arrojadas, charmosas. Alguns projetos envolvem concepções mais complexas e recursos mais altos. Mas é possível valer-se do conceito e criar soluções mais simples. Os criativos e empreendedores se encarregam disso, não é mesmo?

E você? Acha que o negócio pop up é modismo, repaginação de outros modelos de marketing ou é inovação? Comente nessa página e me diga o que acha de ideias que vem e que vão…

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