Estou preparado?
Esta é a uma das perguntas mais frequentes da humanidade, consciente ou inconscientemente fazemos esta pergunta durante toda nossa vida. Todos temos momentos em que, apesar de todo o medo e insegurança, fazemos o que para nós, momentos atrás seria impensável. Vamos adiante.
Quando fiz o curso de piloto de avião, lembro de um dos momentos mais intensos da minha vida: meu primeiro voo solo. Meu instrutor abriu a porta, olhou para mim sorrindo e disse: “Quer se matar? Então vá sozinho! ” Humor de instrutor, vai entender.
Adrenalina, felicidade, medo, acho que é a sensação do passarinho que é empurrado para fora do ninho para aprender a voar. Depois da decolagem, a felicidade toma conta durante o voo e a apreensão só volta na hora que você lembra que vai ter que pousar. Depois do pouso, parece que o peito vai explodir num misto de euforia e alívio, uma sensação indescritível e que não teria acontecido se eu tivesse deixado minhas dúvidas e medos tomarem conta do momento.
Será que consigo fazer uma apresentação em inglês? Como vou me sair naquele “conference call? Na reunião, todo mundo vai ver que meu inglês é fraco!!
Menos intenso do que o primeiro voo solo? Pode crer que muitos executivos se sentiriam mais à vontade saltando de paraquedas do que falando em inglês em público.
O slogan da Nike é “Just do it”, e acredito que ela faça mais parte de nosso cotidiano do que imaginamos, e se não faz, deveria.
O objetivo mais importante que temos quando estamos caminhando junto de pessoas fazendo seu aconselhamento e orientação, é sua independência.
Por algum motivo, algumas pensam que seu conhecimento de inglês ou a falta dele é um segredo de estado. Evitam a exposição a qualquer custo acreditando que estão se protegendo.
Isto não funciona.
Por experiência, sabemos que o esforço, apesar das limitações, é muito mais bem visto corporativamente do que a não execução pelo medo de errar.
Não existe como aprender a fazer uma apresentação sem efetivamente fazer apresentações no seu idioma, o que levaria alguém a pensar que seria diferente no segundo idioma?
Sempre veja a exposição como uma oportunidade. Mesmo que inicie de forma humilde afirmando sem falsa modéstia suas limitações e, apesar delas, está fazendo o que é possível para se superar naquele momento.
Algumas situações geram frustração por sua fluência e competência técnica num assunto em seu idioma natal ser muito grande e, a princípio, não ter o mesmo conteúdo, impacto e personalidade usando o segundo idioma. Isso pode machucar o orgulho e a autoestima.
Estas barreiras serão vencidas através de muita prática, observando e ouvido o feedback de pessoas que estão focadas em seu aperfeiçoamento pessoal e profissional.
Os mais “atirados” conseguem ótimos resultados e muito frequentemente quando falam para um visitante na empresa ou no início de um conference call: “ I´m sorry, but my English is not very good. ” A resposta normalmente é: “Don´t worry, your English is much better than my Portuguese.”
O erro é inerente ao processo de aprendizagem e a única certeza que o aprendiz pode ter é de que vai errar. Aqueles que se preocupam demais como erro tem maior dificuldade em praticar e, portanto, aprimorar sua comunicação em um outro idioma.
Lógico que uma boa preparação é fundamental para uma boa execução, mas mantenha o foco maior na postura e na comunicação do que na preocupação com o erro e se cometer erros não deixe que eles travem sua língua, simplesmente aprenda com eles.
Vou terminar hoje citando mais um slogan sábio e famoso, independentemente do medo e da insegurança, “Keep Walking” Johnny Walker.
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