04 de dezembro de 2016

Tendências da comunicação interna para 2017.

2017 traz novas tendências para a comunicação interna. Além das facilidades tecnológicas, o diálogo ainda será a melhor ferramente de gestão.

Facilidades tecnológicas cada vez mais acessíveis em termos de custo e simples em termos de utilização prática continuarão em alta no ano 2017. Esta não é nenhuma grande novidade para o universo da comunicação empresarial. Entretanto, algumas considerações são necessárias diante desse universo fabuloso que invade os territórios corporativos, quase que obrigando hierarquias inteiras a se reorganizarem para dar conta de tendências aparentemente avassaladoras.

O que podemos esperar para a comunicação interna no ano de 2017?

Primeiramente, eu apostaria num crescente uso de imagens e vídeos e uma redução cada vez maior de textos longos e informativos insossos. A agilidade do digital demanda formatos e linguagens capazes de passar recados de forma instantânea e é preciso comunicar em 140 caracteres recheados de apelos visuais. Chega de chatice.

Os games também são outra linguagem que vai  proliferar, podem apostar. A mobilidade dos dispositivos e a potencialidade dos Apps facilitam o acesso de empregados aos sites corporativos e o recebimento de links, pesquisas, comunicados e mini games cuja interatividade pode não só informar, mas também educar e engajar os empregados.

Infelizmente, nem sempre as organizações publicarão mensagens bem humoradas. Se a velocidade já está na pauta de algumas lideranças quando se fala em comunicação interna, o bom humor ainda não entrou nessa história. Mas a criatividade não tem limites e publicitários podem ajudar nessa tarefa de transformar de vez os comunicados frios em peças vendedoras!

Outra tendência que considero sempre importante e insubstituível  para fazer as coisas funcionarem. Rodas de diálogo do tipo “Café com o Presidente” vão continuar em alta. As empresas vão descobrindo por pressão cada vez maior da sociedade e das crises que são e serão sempre empresas de comunicação e essa espiral começa pelo diálogo entre lideranças e times de trabalho. Gestores que ainda têm dificuldade de conversar precisam do apoio e do trabalho dos comunicadores empresariais para ganhar confiança e encarar as emoções envolvidas num diálogo face a face, desde um simples “obrigado pelo trabalho bem feito” até uma demissão.

Apesar de nenhum futuro gestor ser ensinado ou orientado nas faculdades de administração sobre como encarar uma conversa olho no olho, lidando com suas próprias emoções e a emoção do seu interlocutor, a comunicação enquanto ferramenta de gestão começa por saber dialogar. Nenhuma tecnologia vai poder substituir esse contato humano presencial cujas reações, anseios, linguagem corporal e afetos são sempre um grande desafio.

 

 

 

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Luiz Antônio Gaulia

Jornalista. Mestre em Comunicação Social pela PUC-Rio. Especialista em Comunicação Empresarial pela Syracuse University/Aberje. Pós-graduado em Marketing e em Comunicação Jornalística. Ex-Gerente de Comunicação da CSN - Cia. Siderúrgica Nacional e da Alunorte (PA). Atuou no O Boticário e no Grupo Votorantim. Realizou projetos de comunicação corporativa e sustentabilidade para a VALE, a Light, Petrobras, Ajinomoto e Norsul. Foi Gerente de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade do Grupo Estácio. É Diretor da Race Comunicação e professor da FGV Rio e da ESPM SP.

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