1º Lab de Sustentabilidade: Governança e capital ético: como as áreas de comunicação podem engajar e envolver as lideranças nas ações de ESG
Série sobre sustentabilidade conta com outros dois eventos: dia 22 de novembro e 8 de dezembro
O primeiro Lab de Sustentabilidade, realizado em conjunto com a Ypê no dia 8 de novembro, discutiu o papel conjunto das áreas de Comunicação e Sustentabilidade em um trabalho contínuo junto aos tomadores de decisão. Esta série conta com outros dois eventos: dia 22 de novembro e 8 de dezembro.
Participaram do encontro: Adriana Aroulho, presidente da SAP Brasil; Waldir Beira Júnior, presidente Executivo da Ypê; Marcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica; e Antônio de Toledo Mendes Pereira Filho
diretor de Comunicação e Sustentabilidade do Grupo CCR, como mediador do debate.
A Sustentabilidade e o engajamento
O tema da sustentabilidade está presente em tudo o que a SAP realiza desde a sua fundação há 50 anos na Alemanha e há 26 aqui no Brasil. Quem conta é Adriana Aroulho, presidente da empresa: “a governança, em princípio é o centro do que a gente posiciona para os nossos clientes, nossos sistemas trazem transparência, melhor tomada de decisão, análise de dados para uma melhor governança, a tecnologia traz soluções ao tema ambiental cada vez mais urgente”, inicia a executiva. “Na SAP, procuramos, ao mesmo tempo, habilitar a sustentabilidade para os nossos clientes nas três vertentes, também ser exemplo.”
Waldir Beira Júnior da Ypê falou sobre ética e engajamento das empresas. “Aqui na empresa, desde pequenos, uma vez que meu pai foi o fundador da empresa, fomos orientados a uma certa conduta. A ética aqui foi sendo passada por ele, para nós, os filhos, e toda a equipe de colaboradores. Ele não era uma pessoa de muitas palavras, mas de muitas ações, aprendemos através dos exemplos o que ele fazia e como fazia. São os valores com os quais trabalhamos até hoje”, conta. “Quanto à engajar as pessoas, eu acredito que o engajamento só chega nas pessoas por meio do propósito, ou seja, é deixar claro não apenas na parede ou nos documentos internos, mas acima de tudo, na prática, quais os propósitos da empresa e o que esperamos oferecer ao mundo. Aqui na Ypê o como fazemos é tão importante quanto o que fazemos”, completa Júnior.
A sustentabilidade como um valor pede uma mudança cultural no centro dos negócios e a liderança cultural engaja os colaboradores das organizações, mas como fazer o exercício dessa governança ser orquestrada?
Na visão de Adriana, é através da liderança que se transforma algo, sempre através das pessoas e com o tema da sustentabilidade não é diferente. “No caso da SAP, eu acredito que nasce com o nosso propósito e estarmos alinhados com os nossos valores como empresa. Temos aqui um conjunto de valores que norteiam todas as nossas decisões e comportamentos desde que a empresa foi fundada e todos eles passam por muita comunicação e transparência. As questões sobre ética e governança estão no DNA do que fazemos e temos ações que respaldam essa nossa grande crença”, salienta.
“A comunicação é o pulso da organização. Temos que ser muito coerentes em relação ao que falamos com o que fazemos e demonstramos. Em tempos de pandemia tivemos desafios adicionais de manter esse pulso num outro formato. É sempre um aprendizado, e a liderança tem um papel fundamental para transmitir segurança e tranquilidade para que a comunicação flua e isso faz parte da nossa cultura”, completa Adriana.
“Eu também acredito no papel dos líderes empresariais, das grandes lideranças, justamente trazendo para esse contexto”, concorda Márcia Hirota, da SOS Mata Atlântica – que completou 35 anos e tem a missão de engajar a sociedade na defesa da Mata Atlântica, bioma que atinge 17 estados brasileiros e um dos mais ameaçados do planeta. “Outro ponto que eu gostaria de reforçar é sobre o relacionamento com a comunidade, não só o público direto mas com toda a comunidade envolvida nas atividades e nos negócios. A SOS Mata Atlântica tem desafios enormes, além de proteger o que resta de Mata Atlântica no país, temos todo um trabalho de restauração da floresta, estamos acompanhando as negociações da COP26”, destaca a executiva.
Além disso, prossegue Márcia, as empresas dependem dos comunicadores para levar as suas causas para o grande público. “Apoiar a comunicação da SOS MA e de outras causas socioambientais é fundamental para que a gente consiga manter esse diálogo e envolver as comunidades, divulgar as boas histórias, para promover a informação baseada na Ciência e a educação ambiental que é importantíssima para o país”, acentua.
“Acredito que o mercado, seja ele, o mercado consumidor, o mercado corporativo, o mercado financeiro, acaba exigindo hoje que as empresas tenham essa pauta ESG e tudo aquilo que ela envolve entre as suas preocupações e seus afazeres. Toda empresa conectada ao mercado, com certeza já tem alguma dessas frentes funcionando nos seus negócios” complementa Júnior, da Ypê.
Assista ao Lab na íntegra:
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