EVENTOS
Lançamento do livro: Regras novas, jogadores antigos
SOBRE
Em Regras Novas, Jogadores Antigos, Leonardo Barreto e Carlos Parente mostram como as atuais relações sociais, culturais e econômicas estão mudando o “jogo” da democracia no Brasil e no mundo. O livro nos instiga a pensar principalmente a ideia dos jogos na relação de poder. Jogos não são guerras; eles são arbitrados por instituições que apresentam, estabelecem – ou impõem – as regras. Vale lembrar que em uma sociedade democrática o resultado da partida não é estabelecido de antemão. Os jogos apresentam ideias de simetria e assimetria. Em termos de simetria, é preciso que as regras sejam verdadeiramente novas – e essas novas regras exigem novos protagonistas. Como salientam Barreto e Parente, “a combinação mais perigosa que existe é a de regras novas e jogadores antigos. Note-se que a palavra ‘regra’ é usada aqui em um sentido amplo para designar mudanças significativas que exigem adaptação dos atores, sem a qual eles não sobrevivem”. Nesses jogos o resultado ainda depende de quem está dentro do campo, mas depende muito dos que estão na “torcida”. Os jogos antigos bene ciavam os que estavam nos camarotes; na nova assimetria eles beneciam o camarote, mas também a arquibancada. E temos o componente simbólico, no qual os jogos representam desejos, interesses e emoções que contextualizam sua realização. Hoje o certame conta com jogadores cada vez mais heterogêneos cuja in‑ uência tem forte impacto no resultado. Uma ilustração disso é a subida da rampa do Palácio do Planalto feita por diferentes protagonistas até então preteridos. Se no jogo antigo o resultado era imposto, hoje há temas novos, mas que na verdade sempre estiveram aqui, como a desigualdade que começa com o primeiro indígena massacrado e o primeiro africano que aqui chegou escravizado.
É inevitável que o tema nos lembre os poemas de Walt Whitman, o poeta da democracia norte-americana, em seu Folhas de Relva. Nós, assim como vários de seus poemas, somos como folhas de grama que se entrecruzam. Sua ideia de democracia remetia a que todos tivessem, como as folhas de relva, a mesma altura, mas, à medida que o vento bate na relva, cada uma balançaria de forma diferente. Que consigamos entender as novas regras para nos tornarmos melhores jogadores, melhores árbitros e melhores torcidas.
PAULO NASSAR
Carlos Parente
Diretor da Midfield Consulting
Com sólido histórico de experiência em Marketing , Comunicação Corporativa e Relações Institucionais e Governamentais. Professor, há 20 anos, de Marketing e Comunicação Empresarial nos cursos de pós-graduação de faculdades de em SP (FGV; Escola Aberje de Comunicação). Atuou em empresas nacionais e multinacionais Unibanco , ABN AMRO REAL, Avon, Alpargatas e Braskem) participando e liderando importantes processos de transformação e comunicação estratégica. Vivenciou ainda a experiência internacional e atuação como Consultor. Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com MBA em Marketing pela Universidade de São Paulo (USP). Publicou, em 2007, o livro de Comunicação Empresarial – “Obrigado, Van Gogh”, pela Editora Peirópolis e em 2012 “Comunicação Além do Briefing”, pela Editora Lazuli. Como especialista em Relações Institucionais, escreve, dá aulas e palestras sobre o tema.
Leonardo Barreto
Diretor na Vector Relações Governamentais e Institucionais