Cemig

Ao lançar um livro sobre comunidades quilombolas, a Cemig mostrou apoio à eficiência energética nessas regiões e recontou a história de um povo

A Cemig Distribuidora, fundada em 1952, é a maior empresa integrada do setor de energia elétrica do Brasil. Somente em Minas Gerais, possui mais de 8,7 milhões de consumidores, divididos entre 774 municípios. A empresa atua nas áreas de geração, transmissão, distribuição de energia elétrica e de gás natural. Também é a maior comercializadora de energia para clientes livres do país e um dos maiores grupos geradores. Em um cenário nacional onde o desperdício elétrico é uma realidade que equivale ao consumo de 20 milhões de residências, a empresa sempre atua para mitigar esse montante.

Alinhada ao conceito ESG e às práticas ambientais, sociais e de governança, se coloca também como a maior incentivadora da cultura de Minas Gerais. Além disso, apoia, por meio de lei estadual de incentivo, projetos sociais, esportivos e de assistência. Ciente de seu papel social, tem feito parcerias com diversas instituições que apostam no poder da cultura como ferramenta de inclusão social.

Mas ela mantém aplicação de seus recursos em projetos sociais, além do objetivo principal que é promover a orientação da população sobre o uso sustentável de energia. Em 2018, por exemplo, voltou-se às comunidades indígenas, rurais e quilombolas de Minas Gerais em uma ação chamada Cemig no campo. Ela avaliou a eficiência energética em quilombos em regiões rurais, dentro da área de concessão da companhia. No total, foram realizadas 18 mil visitas às famílias que residem em 200 comunidades.

Nas casas, os atendentes fizeram a substituição de lâmpadas de alto consumo por outras de tecnologia LED e avaliaram geladeiras e chuveiros ineficientes, bem como a troca deles. A iniciativa resultou em uma preservação ambiental por meio da economia de energia e a redução do custo de energia para o público de baixa renda. A possibilidade de dar voz à população quilombola, com suas histórias e culturas, acabou se transformando em um livro chamado Quilombolas. A publicação, uma homenagem à ancestralidade de Minas Gerais, registrou a atuação da Cemig nessas pequenas comunidades;

O livro teve a participação do jornalista Bernardino Furtado. O trabalho sensível e acolhedor dele ajudou as pessoas a relatarem suas histórias por meio de perguntas-chave. As entrevistas ocorreram em 130 comunidades. Para a elaboração do material, os quilombolas não eram apenas os beneficiários do projeto, mas os protagonistas de uma história contada por eles mesmos.

Com 212 páginas, o livro Quilombolas – Cemig no campo foi além de um projeto focado em levar a eficiência energética às comunidades mineiras: ele se tornou uma oportunidade de tornar as comunidades quilombolas protagonistas, com voz, memórias para apresentar a realidade atual das pessoas que vivem nesses locais. O livro foi lançado em junho de 2022, no programa Sempre um Papo, no auditório da Cemig. O evento, apresentado pelo jornalista Afonso Borges, recebeu Tayná Rodrigues do Rosário, moradora de uma das comunidades atendidas pelo projeto, e Cássio Adriano Garcia, colaborador da Cemig e membro do Comitê de Diversidade da companhia.

O Cemig no campo teve investimento de R$ 6,7 milhões em toda sua realização e, apenas o livro, R$ 173 mil. A publicação obteve repercussão positiva na imprensa. Na maioria das matérias, foi ressaltado o projeto e o desdobramento para a produção do livro que teve mil exemplares distribuídos para autoridades municipais, estaduais e federais. A estratégia de divulgação do livro também fez parte das festividades do aniversário de 70 anos da Cemig.