
Danilo Vicente
“Trabalho com correção, transparência e sentimento de time”
Danilo Vicente
“Trabalho com correção, transparência e sentimento de time”
A trajetória de Danilo Vicente é marcada por sua passagem pelo setor público. Formado em Jornalismo, ele começou em redações do Grupo Folha até ser convidado, em 2000, para atuar na campanha de Geraldo Alckmin à prefeitura de São Paulo. “Após a campanha, recebi uma proposta para a Secretaria Estadual de Saúde. Com 23 anos, iniciei na comunicação corporativa, algo incomum na época”, conta. Recentemente migrou para o setor privado, passando por agência, e desde fevereiro de 2024 atua no Carrefour como diretor de Comunicação Externa e Marketing Institucional. Ele comenta as atribuições da área, reformulada nos últimos meses.
O que despertou seu interesse pela área de comunicação?
Minha irmã mais velha, Teresa Cristina Miranda, era jornalista de televisão, foi repórter e apresentadora, e eu adorava acompanhar o trabalho dela. Quando chegou o momento de decidir minha profissão, fiz a mesma escolha. Mas logo no início da formação percebi que não queria trabalhar com TV; preferia escrever.
Algum momento marcante da sua trajetória que você gosta de lembrar?
O primeiro aconteceu quando eu saí da reportagem para jornal e passei para assessoria de imprensa. Fiquei 15 anos na área pública, trabalhando com saúde, segurança e, principalmente, educação, um tema que se tornou minha paixão. Até que resolvi vir para a área privada. Saí de uma agência especializada no setor público e migrei para outra que tinha muitos clientes da área privada. Fiquei ali por cinco anos e meio, e nesse período me aproximei do Carrefour. Quando decidi sair da agência, fui convidado pela empresa. Acho que acertei nas mudanças de rota ao longo da carreira. Meu currículo acabou sendo bastante variado.
Conte-nos um pouco sobre a sua área.
Somos dez pessoas, eu e mais nove, diretamente ligadas ao CEO do grupo. Lidero duas áreas, Comunicação Externa e Marketing Institucional. A primeira cuida de todo o atendimento à imprensa externa, o que gera um volume muito grande: somos o maior varejista alimentar do país, o único com presença em todos os estados, com mais de mil lojas. A outra metade da equipe trabalha com marketing institucional do grupo, além de cuidar da área digital e de eventos. São duas equipes independentes.
O que você destaca no ano de 2024 entre os projetos e atividades que realizou?
O primeiro semestre teve um foco muito forte nas atividades de atendimento à imprensa. Cheguei com o objetivo de trazer proatividade. Depois, enquanto o time de imprensa trabalhava, estruturei a segunda área. Por isso o segundo semestre foi muito rico em atividades de marketing institucional, incluindo a estruturação de toda a área digital. Em 2025 o grupo completa 50 anos de atividades no Brasil; será uma data marcante.
Que valores você prioriza ao liderar sua equipe?
Tenho duas premissas que carrego comigo há um bom tempo. Uma delas é correção: como pessoas e como profissionais, as lideranças e as equipes precisam ser corretas e transparentes. O segundo é o sentimento de time. Ao longo da minha carreira cheguei a trabalhar com os mesmos profissionais em cinco ocasiões diferentes.
Qual livro ou autor mais influenciou sua forma de pensar?
A minha referência é um jornalista, Truman Capote. Ele criou um novo jeito de escrever, um jornalismo literário fascinante. Meu livro de cabeceira é A Sangue Frio. Ali o Capote criou um jeito novo de misturar literatura com jornalismo.
O que você faz para relaxar e recarregar as energias?
Gosto de nadar. É uma atividade que me tira das preocupações do trabalho, me dá a chance de imergir no silêncio da água, de contar azulejo de uma ponta a outra da piscina. É um escape importante. Também faço musculação, pela saúde, e futebol, pela socialização. Originalmente eu era lateral direito, mas a idade não permite mais – estou com 45 anos. Agora sou zagueiro.
Alguma frase ou conceito que você usa como mantra no dia a dia?
Não tenho uma frase específica. Mas meus times brincam muito comigo sobre uma expressão que eu digo muito: “Não é possível!” Eu a uso quando uma pessoa me procura para dizer que não consegue desenvolver uma determinada atividade. Costumo responder dessa forma como um sinal de inconformismo, algo como “Não é possível que você não consiga”. Costuma dar certo.