Premio Aberje 2021
A campanha #NaoSeCale, com linguagem clara e direta (inclusive desde a escolha do nome), propõe-se a tornar públicos os números referentes a casos de assédio sexual na empresa, abordar como acontecem e que impactos podem trazer à vida das pessoas atingidas.
Assédio sexual é um tema bastante debatido nas empresas. Segundo estudo realizado pela consultoria Think Eva com o LinkedIn e divulgado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), 47% das mulheres entrevistadas sofreram assédio sexual no local de trabalho. Essa constatação motivou a Klabin, uma das maiores empresas de papel de celulose do mundo, a zelar pelo respeito às colaboradoras com uma cultura de tolerância zero ao assédio.
Em 2020 a companhia revisou seu Código de Conduta para promover maior aderência a novas legislações e a diretrizes internas, reforçando o compromisso de cumpri-los, e assumiu um claro posicionamento sobre tais temas, o que demandou medidas de conscientização e até mesmo o afastamento de colaboradores terceirizados.
Para Marilu Mazurechen, consultora da área de Relações com a Comunidade da Klabin, a reputação, a integridade e a sustentabilidade dos negócios da empresa dependem muito da construção e da manutenção de relacionamentos justos e íntegros. “As mulheres, ao longo da vida, sofrem diversos tipos de assédio. Os efeitos dessa violência podem ser devastadores, e muitas vezes as vítimas são apontadas como culpadas e, por isso, não denunciam”, afirma a executiva. “Nossas iniciativas têm o objetivo de explicar o que é o assédio e dar condições para que as denúncias sejam feitas de forma anônima e segura.”
O Programa de Integridade, que é a principal plataforma de natureza ética da Klabin, tem uma série de procedimentos para prevenir, detectar e remediar condutas que possam expor a companhia e seus colaboradores a situações indesejadas. Para isso se utilizam no treinamento o Código de Conduta e Manual Anticorrupção e o Canal de Integridade e Ouvidoria. Assim a empresa assegura um ambiente mais transparente e fortalece sua reputação e sua estratégia de negócio colaborando para uma sociedade mais justa e sustentável.
A campanha #NaoSeCale, com linguagem clara e direta (inclusive desde a escolha do nome), propõe-se a tornar públicos os números referentes a casos de assédio sexual na empresa, abordar como acontecem e que impactos podem trazer à vida das pessoas atingidas.
Após o levantamento das ocorrências, com o apoio da Ouvidoria e do professor e antropólogo Luís Alexandre Cerveira, definiram-se as pautas da campanha. Foi lançado então um programa de sensibilização das lideranças sobre a importância de dialogar sobre assédio sexual com as equipes e incentivá-las a disseminar os comportamentos éticos e justos ansiados pela empresa.