Planejamento, mensuração e engajamento é tema de reunião do Comitê de Comunicação Interna e Marca Empregadora
O planejamento, a mensuração e o engajamento são elementos essenciais para o fortalecimento da marca empregadora de uma organização. O planejamento estratégico é fundamental para criar uma marca empregadora forte e atrativa; a mensuração é essencial para avaliar o impacto das ações de branding empregador e o engajamento dos funcionários é um dos pilares mais importantes da marca empregadora. Para falar mais sobre o assunto, o Comitê de Comunicação Interna e Marca Empregadora convidou Carla Biasotto, gerente sênior de Comunicação Interna da Unico, e Thais Aguiar, CEO da TalentComms, para a reunião do dia 11 de maio.
Na ocasião, Carla Biasotto contou um pouco do que já vivenciou em sua trajetória profissional na Unico, “Na minha jornada de employer branding existem cinco grandes dimensões: a definição do plano estratégico, a atração de talentos, as experiências dos funcionários, engajamento e reputação”, iniciou. “Sobre a estratégia, por exemplo, muitas vezes a empresa não tem um EVP – Employee Value Proposition (que significa proposta de valor ao empregado). Nesse caso, é interessante trabalhar o diferencial da empresa, por que as pessoas escolhem uma determinada empresa para trabalhar?”, argumentou.
Em relação à atração de talentos – prossegue Carla – existe muita coisa que se pode fazer, do ponto de vista de Comunicação. “Fizemos uma campanha digital para atrair talentos durante um mês. Era o lançamento de um EVP na época e tivemos que tropicalizar o mote da campanha que veio de Londres, com o desafio enorme de fazê-la funcionar no Brasil, em relação à canal, à mensagem, à público, tivemos que abrasileirar a campanha, já que a questão cultural do país importa muito para atrair talentos”, contou Carla.
“O papel da Comunicação é garantir que em todos os pontos de contato, a mensagem foi dada e o candidato entendeu qual é o nosso diferencial e que estamos permeando as grandes mensagens da companhia. Neste período de construção de marca empregadora com essas pessoas que estão chegando, é fundamental, depois de conquistar o candidato, transmitir as principais mensagens no recrutamento para o que ele vai viver na empresa”, salientou.
Outros pontos destacados por Carla foram a importância da mensuração e do engajamento. “Há que se ter uma métrica atrelada, não necessariamente uma métrica de comunicação, mas uma métrica que faça sentido para a companhia”, comentou. “O ambiente interno tem que ser seguro e com as informações corporativas de estratégia muito claras para os funcionários e isso deve ser metrificado de alguma forma”, completou.
O desafio do employer branding
O employer branding é uma estratégia que visa não apenas atrair talentos, mas também fortalecer o relacionamento com os colaboradores existentes, aumentando a sua satisfação e engajamento. Embora o conceito seja amplamente reconhecido e valorizado, a execução prática pode ser um desafio para muitas organizações. Por onde começar, como alinhar o employer branding com a cultura organizacional existente são algumas dúvidas e como comunicar sua marca empregadora de maneira eficaz são algumas dúvidas comuns que as empresas podem enfrentar.
Para refletir sobre tudo isso, Thaís Aguiar, que atua com consultoria de employer branding, compartilhou algumas dessas dúvidas e equívocos percebidos no mercado. Uma dessas inseguranças é saber se é possível fazer employer branding sem EVP. “Nós não recomendamos. O trabalho de fortalecimento de employer branding é justamente reforçar a marca empregadora naquilo que as pessoas legitimam e naquilo que a empresa quer ser reconhecida”, salientou. “A maior audiência que uma empresa tem são as pessoas que trabalham nela, por isso é importante ouvir o que de fato elas reconhecem e o que elas legitimam na sua experiência de trabalho”, destacou.
Outro ponto destacado por ela é que muitas empresas entendem employer branding como comunicação para atração de candidatos. “Na verdade, employer branding é a conexão entre a comunicação para atração e comunicação interna. A questão é conectar todos os pontos para promover a marca empregadora em toda e qualquer oportunidade ao longo da jornada”, explicou Thaís.
Com relação à comunicação, a executiva comentou que existe muita confusão sobre o que é trabalho de comunicação institucional, o que é trabalho de marketing, trabalho de employer branding. “Uma complementa a outra, mas são públicos diferentes. É preciso ter no radar que marca empregadora constrói reputação”, finalizou.
Encontros mais dinâmicos
Com o intuito de tornar os próximos encontros do Comitê de Comunicação Interna e Marca Empregadora cada vez mais colaborativos e dinâmicos, a coordenadora do grupo, Cynthia Provedel aproveitou a ocasião para promover uma rápida atividade entre os membros do comitê. “É um espaço de fortalecimento de escuta que a gente imagina que seja cada vez mais importante para os nossos encontros, tentando cultivar cada vez mais um ambiente de diálogo, de troca e de compartilhamento de conhecimento”, explicou.
Os participantes do comitê se dividiram em trios em salas online separadas para responderem algumas perguntas sobre o que eles esperam encontrar durante as reuniões do comitê. “A ideia é refletir, num primeiro momento e de forma coletiva, o que eles vieram buscar aqui no comitê da Aberje, para além dos temas inicialmente escolhidos no começo da nossa jornada, para que se torne efetivamente um espaço proveitoso de partilha no grupo”, complementou, ressaltando que todas as propostas e sugestões serão analisadas pela coordenação do comitê, para que as expectativas apresentadas pelo grupo sejam contempladas.
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